A indústria brasileira está em alerta. Na última terça-feira (15), o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com representantes de diversos setores para discutir as graves implicações do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. O presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, e o governo federal parece estar disposto a encontrar uma solução antes dessa data limite.
Apesar de não ter participado do encontro, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) expressou sua preocupação em uma nota oficial. O órgão ressaltou que a agenda política nacional se desvia das necessidades urgentes do setor produtivo, afetando a recuperação econômica e a criação de empregos no Brasil.
Roberto Perosa, presidente da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), que participou da reunião, enfatizou que a nova taxa tornaria a exportação de carne bovina para os EUA insustentável. Ele destacou que, embora diversas plantas frigoríficas tenham interrompido a produção, cerca de 30 mil toneladas já estão em trânsito ou aguardando no porto. “Pedimos a prorrogação do início da taxação. O setor já enfrenta uma carga de 36%, e esses 50% poderiam inviabilizar as exportações”, declarou Perosa.
O clima de incerteza também paira sobre os produtores de frutas. Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), mencionou a preocupação com a safra de mangas, planejada há seis meses, que já envolve 2,5 mil contêineres contratados para atender a demanda dos Estados Unidos. A situação se torna cada vez mais preocupante para todos os envolvidos.
Como a situação se desenrola, quais ações você acredita que o setor deve tomar para mitigar os danos? Compartilhe suas ideias e comentários abaixo!
“`
Comentários Facebook