A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de uma investigação para apurar possíveis movimentações financeiras suspeitas que teriam ocorrido antes do anúncio do tarifaço feito pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A AGU argumenta que há indícios de um possível nexo entre essas movimentações atípicas no mercado cambial brasileiro e a implementação de tarifas sobre as exportações brasileiras, que entrarão em vigor em 1° de agosto, elevando a taxação para 50%.
A proposta visa explorar não apenas o impacto econômico da medida, mas também apurar se houve ganhos ilícitos decorrentes dessas flutuações financeiras. “Os fatos em questão estão inseridos em um contexto mais amplo que já está sendo investigado, relacionando-se a possíveis obstruções à Justiça e ganhos financeiros indevidos”, ressalta a AGU.
O pedido foi protocolado no âmbito de um inquérito que investiga o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está sob suspeita de atuar em parceria com o governo dos Estados Unidos em estratégias de retaliação contra o Brasil. Este processo se conecta a alegações que incluem a tentativa de impedir o andamento de investigações sobre um suposto golpe de Estado. Eduardo, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, passou uma temporada nos EUA, alegando perseguição política, mas sua licença acabou recentemente.
Na última sexta-feira (18), o STF impôs medidas restritivas a Jair Bolsonaro, incluindo a colocação de tornozeleira eletrônica, após a PGR apontar um risco de fuga, uma vez que o ex-presidente é réu em um processo referente às tentativas de golpe de 2022. O julgamento deve ocorrer em setembro.
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