Alckmin nega pedido do governo por prorrogação ou redução de tarifa anunciada por Trump

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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou, nesta segunda-feira (14), que o governo brasileiro não fez qualquer solicitação formal ao governo dos Estados Unidos para prorrogar ou reduzir a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump. Essa nova medida, que começará a valer em 1º de agosto, é uma resposta a supostos ataques à liberdade de expressão de empresas americanas e ao tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil.

Alckmin, que também lidera o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), esclareceu que o governo brasileiro está em diálogo com o setor privado, mas não adotou nenhuma iniciativa formal em relação à Casa Branca. “Estamos ouvindo os setores mais envolvidos para que eles também possam se mobilizar, explorar suas conexões e estratégias nos Estados Unidos”, explicou.

A declaração de Alckmin antecipa a primeira reunião de um comitê interministerial, que ocorrerá nesta terça-feira, convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo é avaliar os impactos da tarifa e formular estratégias para mitigá-los, especialmente para o agronegócio e a indústria de base exportadora, que são os setores mais prováveis de serem afetados.

A previsão é que o comitê utilize essas discussões para colher sugestões da iniciativa privada. A preocupação já se faz notar, com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) solicitando uma postura diplomática firme por parte do governo. A possibilidade de retaliações tarifárias também está sendo discutida no Congresso, com alguns deputados propondo a aplicação da Lei da Reciprocidade.

Por sua vez, a Embraer, impactada pela notícia, registrou uma queda de 3,6% em suas ações. No entanto, a empresa pode ter algum respiro, visto que produz algumas aeronaves em solo americano, o que pode garantir exceções à nova taxação.

Com a situação em desenvolvimento, o futuro econômico dos setores atingidos está em jogo. O que você pensa sobre a resposta do governo brasileiro a essa questão? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões!

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