Conhecida por atrair multidões com grandes shows de bandas regionais e nacionais, a festa de São Pedro de Alcobaça vai muito além da música e se firma como uma das mais autênticas celebrações juninas do Extremo Sul da Bahia. Em 2025, a tradição foi mais uma vez respeitada e valorizada com uma programação repleta de manifestações culturais que encantaram moradores e visitantes.
Um dos destaques foi a Barqueata de São Pedro, organizada pela comunidade do bairro São Pedro e pela Colônia Z-24, em homenagem ao santo padroeiro dos pescadores. A tradicional procissão fluvial foi seguida por uma missa solene e um show de prêmios em celebração ao Dia dos Pescadores.
Outra tradição preservada com carinho foi o Mocotó de São Pedro, servido gratuitamente na praça pública logo após a celebração religiosa. O prato, antes preparado pela saudosa senhora Minhadu, continua sendo mantido graças ao empenho da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, que subsidia e apoia a preparação da iguaria em respeito à memória e ao legado da antiga guardiã dessa tradição.
Além das comidas típicas, o clima de festa tomou conta da cidade com as brincadeiras juninas, como corrida de saco, pau de sebo, ovo na colher, entre outras atividades que envolveram crianças, jovens e adultos em um verdadeiro resgate cultural.
Os festejos de São Pedro de Alcobaça 2025 ocorreram de 20 a 29 de junho, com programação religiosa e a festa junina entre os dias 27 e 29, encerrando com grandes atrações como Dilsinho e Raquel dos Teclados, reafirmando o evento como uma das festas mais completas e queridas da Bahia.
Fechando com chave de ouro a programação cultural, aconteceu o 6º Festival de Quadrilhas Juninas, reunindo sete grupos – seis do município e uma convidada de Itamaraju. O evento foi um espetáculo de cores, coreografias e temáticas criativas:
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Quadrilhas “Juntos e Misturados” e “Tô Chegando Eiim”, do distrito de São José de Alcobaça, celebraram a tradição com muita animação;
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“Estrela do Sertão” e “Itinerante”, com um estilo mais juvenil, encantaram o público com irreverência e jovialidade;
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“Arrasta Pé”, quadrilha estilizada, apresentou o tema “Saramandaia – O Início de um Novo Tempo”;
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“Netos de Boa Ventura”, grupo convidado de Itamaraju, emocionou com o tema “O Vaqueiro Não Morreu”;
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“Avisa Lá Que Eu Vou” trouxe a fé para o arraial com o tema “Rogai Por Nós Pela Nossa Devoção”, retratando a história de Nossa Senhora Aparecida;
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A quadrilha mais antiga da cidade, “As Azedas”, fez uma linda homenagem à família da senhora Minhadu, seus fundadores e grandes defensores da cultura local.
Para o secretário de Turismo, Cultura e Esporte, André Dias, manter o espírito junino vivo é uma prioridade. “É importante que, ao mesmo tempo em que as festas juninas crescem, as manifestações tradicionais sejam respeitadas e valorizadas. Elas são a alma dessa celebração”.
Já o diretor de Cultura, Romário Santos, reforçou o compromisso da gestão. “Nosso papel é fortalecer a cultura do povo, promovendo interação e respeito a quem constrói essa história. Honramos o passado e criamos espaço para as inovações que virão”.
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