O Brasil enfrenta um alarmante aumento de infartos, conforme dados do Ministério da Saúde que revelam um crescimento de 32,07% nas internações por Infarto Agudo do Miocárdio entre 2020 e 2024. Este cenário tem sua gravidade evidenciada na história de Teodolino Alves da Silva Filho, um aposentado de 66 anos que, em pleno auge da pandemia em 2020, sofreu um infarto. Iniciou sua jornada de recuperação em uma UTI após apresentar sintomas que, à primeira vista, não pareciam ser relacionados a um evento cardíaco.
Teodolino recorda que não sentia dor, mas uma leve sensação estranha enquanto subia uma ladeira. Posteriormente, após sentir fraqueza e uma pressão arterial alarmante de 23 por 13, ele foi levado ao hospital. A urgência pela angioplastia foi necessária devido a artérias severamente entupidas. Este relato está alinhado com os dados que indicam que, em 2023, os homens entre 60 e 69 anos foram os mais afetados.
A cardiologista Isabela Pilar explica que, embora muitos ataques cardíacos sejam precedidos de sinais, como dor no peito e sintomas acompanhantes, muitos não se manifestam claramente. Ela alerta para fatores de risco que aumentam a probabilidade de infarto: sedentarismo, comorbidades, má alimentação e hábitos prejudiciais, como o tabagismo e consumo excessivo de sal. Essas práticas não apenas afetam a saúde cardiovascular, mas podem levar ao entupimento das artérias.
Recentemente, casos trágicos de infarto têm sido noticiados durante atividades físicas. Um homem de 51 anos faleceu enquanto se exercitava na praia, assim como uma jovem de 22, que se sentiu mal em uma academia. A cardiologista enfatiza a importância do exercício na prevenção, porém alerta que doenças cardíacas silenciosas podem complicar a situação.
Uma questão pertinente surge: qual é a influência da Covid-19 nos infartos? Isabela Pilar afirma que a infecção pelo coronavírus está associada a um risco elevado de complicações cardiovasculares, embora as ocorrências de infarto após vacinação sejam raras e geralmente relacionadas a fatores predisponentes já existentes, como idade e histórico de saúde familiar. A literatura médica atual sustenta que a vacinação não é uma causa significativa para o aumento global dos infartos.
Em números, a Bahia registrou, entre janeiro e abril deste ano, 2.349 internações por infarto no SUS, um número inferior ao do mesmo período do ano anterior. Os registros totais de 2024 mostraram 10.570 casos de infarto, evidenciando a necessidade urgente de medidas preventivas.
A prevenção é essencial e urge na adoção de hábitos saudáveis: praticar atividade física, manter uma dieta equilibrada, não fumar e controlar doenças como hipertensão e diabetes. Aprender a manejar o estresse também é fundamental. A conscientização e ações proativas podem salvar vidas e reverter esse triste cenário.
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