Em 2024, a Bahia teve o quarto maior índice de assassinatos de indígenas no Brasil, conforme revela o relatório “Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil”, elaborado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Nesse ano, 23 indígenas foram brutalmente assassinados, contribuindo para um total alarmante de 211 mortes em todo o país. Este trágico cenário representa um aumento de 201% nas mortes violentas de indígenas ao longo da última década.
Um olhar atento para o histórico nos traz à mente os dados de 2014, onde 70 casos foram registrados em todo o Brasil. Hoje, os estados mais afetados superam essa marca, com Roraima, Amazonas e Mato Grosso do Sul somando 135 assassinatos. Dentro desse contexto, a maioria das vítimas em 2024 foi do gênero masculino, somando 159 casos, enquanto 52 eram mulheres. Além disso, cerca de 34% dos assassinatos ocorreu entre jovens de 20 a 29 anos, revelando a alarmante vulnerabilidade dessa faixa etária.
O documento também destaca que 2024 presenciou 424 registros de diferentes tipos de violência contra indígenas, comparados a 248 em 2014. As categorias de crimes incluem abuso de poder, ameaças de morte, homicídios e racismo, com um aumento significativo em todas elas. O cenário é ainda mais preocupante com a recente implementação do Marco Temporal (Lei 14.701/2023), que, segundo o Cimi, submete os direitos territoriais dos povos indígenas a um estado de vulnerabilidade sem precedentes.
Esses dados são um chamado à reflexão e à ação. A violência contra os povos indígenas não pode ser ignorada, e é fundamental que todos nós busquemos soluções para proteger essas comunidades e garantir seus direitos. O que você pensa sobre essa situação? Vamos discutir e encontrar formas de apoiar a luta pela justiça e dignidade dos povos indígenas.
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