Em uma carta contundente, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, questionou a tarifa de 50% imposta por Donald Trump às exportações brasileiras, caracterizando-a como baseada em uma “compreensão imprecisa” dos fatos que marcaram os últimos anos no Brasil. Para Barroso, diferentes visões de mundo não justificam a deturpação da verdade ou a negação de realidades que todos vivenciaram.
Na sua mensagem, o ministro reafirmou o papel do Judiciário como defensor do Brasil, alinhando-se aos que buscam avanços para o país. Esta resposta é a primeira manifestação significativa do STF diante da declaração de Trump, que atribuiu a tarifa a uma suposta “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro, atualmente réu no STF por tentativa de golpe de Estado.
Barroso sublinhou a longa história de rupturas institucionais no Brasil e fez referência a episódios recentes, deixando claro que no Brasil contemporâneo, não existe perseguição, e que “a justiça se realiza com base nas provas”. Ele garantiu que o julgamento da denúncia de tentativa de golpe será conduzido com total independência, primando pela transparência e respeito ao contraditório.
A carta também abordou os argumentos de censura usados por Trump, relembrando que o STF já declarou inconstitucionais normas repressivas, como a antiga Lei de Imprensa e restrições eleitorais, promovendo, assim, a liberdade de expressão. “Hoje todos os meios de comunicação circulam livremente, sem qualquer forma de censura”, afirmou Barroso. O STF se compromete a manter a Justiça respaldada em evidências e em um devido processo legal.
Por fim, ao traçar um paralelo com os tempos de ditadura, Barroso destacou que liberdade, justiça e democracia devem ser preservadas a todo custo. Ele concluiu enfatizando que o Judiciário está ao lado de todos que atuam em benefício do Brasil. Essa posição reforça a importância de o Judiciário se manter firme na defesa do Estado democrático de direito.
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