Boletim da Fiocruz revela que número de casos de SRAG continua elevado em vários estados, apesar da tendência de queda

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O mais recente Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), lançado em 24 de agosto, revela uma expectativa alentadora: uma queda no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em nível nacional. No entanto, a realidade ainda é preocupante, especialmente em estados como Roraima, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde o risco se mantém elevado.

Os dados também indicam uma alta taxa em Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e Sergipe. Curiosamente, apenas o estado do Amazonas demonstra um crescimento na incidência dessa síndrome, enquanto Campo Grande (MS) se destaca entre as capitais com alerta de alto risco.

Embora a maioria das regiões esteja vendo uma diminuição nos casos, as crianças pequenas, especialmente, sofrem com a prevalência do vírus sincicial. Exceções incluem Amapá, Distrito Federal e Tocantins, mas em geral, a situação é alarmante. Além disso, entre os idosos, a incidência de SRAG associada à influenza A continua a preocupar, com registros significativos nas regiões Centro-Sul e algumas áreas do Norte e Nordeste.

A pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portela, reflete sobre os dados: “Estamos testemunhando uma queda de casos de SRAG em muitos estados, mas o aumento entre as crianças menores, principalmente em Amazonas, Rio Grande do Norte e Roraima, exige atenção. Além disso, observamos uma elevação dos casos em idosos no Pará, cuja origem viral ainda não conseguimos identificar.”

Até o final do ano epidemiológico de 2025, já foram registrados 139.323 casos de SRAG. Destes, 73.905 (53%) apresentaram resultado positivo para algum vírus respiratório, sendo que 26,5% são relacionados à influenza A. A pandemia de COVID-19 continua a ser uma preocupação, com 7,1% dos casos confirmados sendo associados ao Sars-CoV-2.

Como você se sente em relação a esse cenário? Compartilhe suas reflexões e ajude a disseminar a conscientização sobre a saúde respiratória!

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