Após mais de 35 horas de tensão, a BR-101 em Itamaraju, no Extremo Sul da Bahia, foi finalmente liberada na tarde de terça-feira (8). O bloqueio, realizado por indígenas da etnia Pataxó na altura do km 794, exigia a libertação do cacique Suruí, preso na semana anterior em um conflito envolvendo fazendeiros.
Esse protesto ocasionou um congestionamento significativo, com cerca de 15 quilômetros de lentidão em ambos os sentidos da rodovia, afetando carros, caminhões e ônibus. Cargas perecíveis ficaram retidas, evidenciando a gravidade da situação.
O cacique Atxuab Pataxó, representante da comunidade de Barra Velha, ressalta que a manifestação não se resumia apenas à soltura de Suruí. Ela também denunciava a crescente violência contra indígenas na região. Um pedido de habeas corpus em favor de Suruí foi negado pela Justiça, mas uma nova solicitação já está em andamento.
A expectativa é que a decisão judicial ocorra ainda nesta quarta-feira (9). Caso a negativa se repita, os indígenas estão prontos para reiniciar as mobilizações. Suruí foi detido em razão da posse de armas e munições, em meio a disputas por terras.
Durante o bloqueio, um incidente chocou a todos: uma empresária de 40 anos, ao tentar ultrapassar a barreira, teve seu caminhão depredado. A intensidade das reivindicações evidencia a necessidade de diálogo e resolução pacífica para os conflitos na região.
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