Cantor sertanejo é condenado a mais de 35 anos por matar dentista

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No cenário trágico que envolveu o cantor sertanejo João Vitor Malachias, uma condenação de 35 anos, 10 meses e 14 dias de prisão foi imposta após um júri popular reconhecer sua culpabilidade no brutal assassinato da dentista Bruna Viviane Angleri. O crime, que chocou a comunidade de Araras, São Paulo, ocorreu em setembro de 2023 e trouxe à tona uma sequência de eventos que revelam uma história sombria.

De acordo com a decisão do juiz Djalma Moreira Gomes Junior, a condenação também abrange crimes adicionais, como furto e a destruição do cadáver de Bruna, cujo corpo foi encontrado carbonizado em sua residência. A gravidade da pena não permitiu ao acusado responder em liberdade, desafiando a defesa a recorrer da sentença, alegando fraquezas nas evidências e uma penalidade excessiva.

A tragédia começou nas primeiras horas do dia 27 de setembro, quando o corpo de Bruna foi descoberto em sua cama, já em chamas. A Polícia Militar, ao chegar ao local, encontrou um cenário devastador, e os bombeiros logo controlaram o incêndio. A situação se complica com o fato de que Bruna possuía uma medida protetiva contra João Vitor, seu ex-namorado, que já tinha antecedentes de acusações de ameaças e assédio.

Uma evidência crucial que levou à prisão do cantor foi a conexão do seu celular ao Wi-Fi da casa de Bruna na hora do crime. Essa informação minou seu álibi, que alegava ter estado na casa da avó durante a noite fatídica. O laudo pericial datou a ligação de seu dispositivo exatamente às 0h15min48s, coincidentemente próximo ao horário da morte da dentista.

Investigadores analisaram ainda o histórico de Bruna, descobrindo exames que confirmaram que ela foi baleada no rosto, contribuindo para a narrativa de um crime calculado. Detalhes da cena indicam que o incêndio foi intencional, apontando para uma tentativa de encobrir a verdadeira causa da morte. As câmeras de segurança revelaram atividades suspeitas, incluindo a presença de um veículo registrado no nome da mãe de João Vitor, avistado nas proximidades do bar que Bruna frequentou na noite anterior ao assassinato.

A sequência de provas reforça a crença das autoridades de que Bruna sofreu um feminicídio cruel, sem chances de defesa. Os vestígios encontrados na cena do crime e os relatos de testemunhas levam a concluir que houve um planejamento meticuloso por parte do cantor. Além das evidências tangíveis, João Vitor se tornou o foco das investigações não apenas por seu histórico de violência, mas por sua relação tumultuada com a vítima.

À medida que o caso avança, não apenas os desdobramentos legais se tornam evidentes, mas também a reflexão sobre a luta contra a violência de gênero, que persiste em nossa sociedade. Este crime horrendo serve como um lembrete da urgência em fomentar discussões e ações que promovam segurança e respeito nas relações interpessoais.

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