A situação de repressão religiosa na China se intensificou com a recente condenação de líderes da Linfen Covenant Home Church, localizada na província de Shanxi. No dia 20 de junho, três pastores foram sentenciados a prisões severas, após um julgamento marcado por irregularidades e até intimidações. O pastor Li Jie e o ancião Han Xiaodong foram condenados a três anos e oito meses, enquanto Wang Qiang recebeu uma pena de um ano e 11 meses.
De acordo com a Christian Solidarity Worldwide (CSW), o julgamento ocorreu a portas fechadas, com forte esquema de segurança que impediu a presença de familiares e apoiadores, incluindo a esposa e filhos de Li Jie, que foram forçados a deixar o tribunal. Os advogados de defesa enfrentaram pressão para aceitar acordos desleais, prometendo sentenças reduzidas que jamais se concretizaram.
A Linfen Covenant Home Church não aceitou a acusação de fraude, esclarecendo que os recursos da igreja estão alinhados com sua missão espiritual. Em um comunicado, a igreja afirmou: “Estamos dispostos a tomar a cruz com o Senhor”. O caso destaca um padrão preocupante de criminalização das atividades religiosas que não se submetem ao controle estatal.
As tensões também envolvem outras organizações religiosas, como a Golden Lampstand Church, onde dez líderes receberam penas de até nove anos por acusações semelhantes. Mervyn Thomas, presidente da CSW, expressou suas preocupações sobre os procedimentos judiciais, enfatizando como esses casos expõem as falhas do sistema. Segundo a Portas Abertas, tudo isso reflete uma estratégia do governo chinês para controlar a prática religiosa fora dos parâmetros estabelecidos.
Lamentavelmente, novos regulamentos entraram em vigor em 1º de maio, restringindo a atuação de missionários estrangeiros e limitando a pregação e produção de materiais religiosos. A liberdade de crença na China é uma ilusão, muitas vezes limitada a práticas que seguem o rígido controle do estado.
Esses relatos não são apenas números ou sentenças; são vidas reais afetadas por um sistema opressivo. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe seus pensamentos nos comentários e ajude a trazer visibilidade a essa luta por liberdade religiosa.
Comentários Facebook