Cid: Filipe Martins não estava em lista de viagem de Bolsonaro aos EUA

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Durante um interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta segunda-feira, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, revelou que Filipe Martins não constava na lista final dos passageiros do voo que levou Jair Bolsonaro aos Estados Unidos no final de 2022. Essa viagem aconteceu pouco antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Cid destacou que o nome de Martins aparecia apenas na lista provisória, o que levanta questões sobre suas supostas atividades golpistas, já que ele foi indiciado por ter planejado uma fuga do Brasil naquele período. Ao ser questionado pela defesa sobre a presença de Martins na lista de viagem a Orlando, Cid reafirmou que seu nome não estava no material definitivo.

A defesa de Martins questionou se ele saiu do Brasil junto com Bolsonaro. Cid foi categórico: “Ele não estava no avião presidencial.”

As investigações da Polícia Federal levantam a suspeita de que Martins teria simulado uma saída do país para evitar ser localizado, fala que foi prontamente negada pelo ex-assessor. Documentos relacionados a ele foram encontrados no computador de Mauro Cid durante apreensões, e ele também foi mencionado em um registro do Departamento de Segurança Interna dos EUA, que teria registrado sua entrada no país.

O advogado Jeffrey Chiquini enfatizou que a prisão de seu cliente, ocorrida em 8 de fevereiro de 2024, visou forçá-lo a delatar informações falsas. Filipe Martins foi detido como parte da operação Tempus Veritatis, que investiga uma alegada organização criminosa dentro do governo Bolsonaro. Embora sua prisão preventiva tenha sido revogada, Martins deve cumprir restrições que incluem a proibição de utilizar redes sociais e dar entrevistas.

Ao se tornar réu, Martins foi vinculado ao chamado núcleo 2 das investigações, acusados de usar recursos públicos para perpetuar o governo Bolsonaro. Em uma declaração contundente, Chiquini afirmou que Martins resistiu a pressões para mudar seu testemunho e prefere sofrer a mentir sobre pessoas inocentes.

“Foi pressionado para construir uma narrativa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Resistiu. Foi colocado numa solitária, mas não cedeu. Deixou claro que preferia morrer na cadeia a acusar falsamente pessoas inocentes”, declarou Chiquini, reforçando que seu cliente sofreu violação de direitos, mantendo-se sob censura e sem poder se manifestar publicamente.

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