Na última sexta-feira, uma clínica de estética localizada no bairro da Pituba, em Salvador, enfrentou a justiça por práticas de assédio moral e discriminação, resultando em uma condenação que a obrigou a pagar uma indenização de R$ 10 mil à sua ex-funcionária, uma biomédica que foi chamada de “gorda” de forma pejorativa.
A história da vítima revela um ambiente de trabalho intimidador, onde a pressão e o desprezo tornaram-se cotidianos. Coagida pela sócia do estabelecimento e sua nora, ela frequentemente era alvo de comentários depreciativos sobre seu corpo, afetando não apenas sua autoestima, mas também sua posição dentro da empresa. As humilhações ocorriam na presença de colegas e até de clientes, levando-a a se sentir inadequada e desprezada.
Além dos comentários maldosos, a biomédica era forçada a seguir regras rígidas quanto à sua vestimenta, sendo obrigada a usar roupas pretas, enquanto suas colegas vestiam uniformes brancos. A pressão para emagrecer se intensificou, a levando a um ponto em que não viu outra saída senão solicitar sua demissão.
Após a demissão, a profissional decidiu buscar justiça, processando a clínica por assédio moral e pedindo a anulação de seu pedido de demissão. O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) deu razão à biomédica, mantendo a condenação mesmo diante do recurso da clínica, sob a relatoria do desembargador Renato Simões.
Esse caso ressalta a importância de ambientes de trabalho saudáveis e a necessidade de um posicionamento firme contra qualquer forma de discriminação. O que você pensa sobre esse tipo de situação? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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