O futuro da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no cenário político brasileiro ganhou destaque recentemente, especialmente após as restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A situação envolve uma divisão entre os membros do PL, com alguns defendendo que Michelle assuma um papel de liderança na direita, substituindo o marido, que enfrenta limitações significativas em sua comunicação.
Um grupo de apoiadores, liderado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), acredita que Michelle, em sua função como presidente do PL Mulher, deve se tornar a voz do bolsonarismo. Ela seria responsável por organizar as reações da oposição às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que afetam Jair e seus aliados diretos. O consenso entre esses apoiadores é que seu perfil evangélico e feminino pode trazer uma nova dinâmica ao partido.
Além disso, pesquisas indicam que Michelle se destaca como uma opção viável para as eleições de 2026. Segundo um levantamento da Genial/Quaest, ela já contabiliza 19% das intenções de voto em um hipotético embate com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, superando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que aparece com 15%.
No entanto, a recepção a essa proposta não é unânime. O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Paulo Bilynskyj (PL-SP), já expressou seu apoio à continuidade de Jair como candidato. Outros membros do PL reconhecem o valor de Michelle, mas preferem que ela não ultrapasse o papel do ex-presidente neste momento.
Após a ação da Polícia Federal, que foi descrita como constrangedora por Damares, a imagem de Michelle se fortaleceu nas reuniões da oposição. A senadora chegou a afirmar que havia testemunhado o surgimento de uma nova liderança conservadora que poderia guiar o país nos próximos anos. Notoriamente, a ex-primeira-dama manteve um perfil discreto, apenas compartilhando mensagens religiosas e críticas à atual gestão.
Embora Michelle tenha se mantido reservada, seu desempenho nas pesquisas lhe confere notoriedade, fazendo dela uma figura atraente para o Senado pelo DF. Para alguns críticos, seria prudente ela começar sua trajetória política em cargos legislativos antes de almejar a presidência.
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