A decadência do Primeiro Comando da Capital (PCC) em várias regiões de São Paulo está criando um vácuo que o Comando Vermelho (CV) está rapidamente preenchendo. Com o PCC abandonando áreas que não trazem mais lucro, facções rivais, especialmente o CV, estão se reestruturando e conquistando novos territórios, como é o caso de Rio Claro, no interior do estado.
Nesse município, a figura de Leonardo Felipe Panono Calixto, conhecido como Bode, se destaca como o novo líder do CV em São Paulo. Investigadores da Polícia Civil e do Grupo de Investigação do Crime Organizado (Gaeco) apontam Bode como um dos principais responsáveis pela expansão da facção no estado. A crescente presença do CV é notável, e sua influência tem se consolidado à medida que o PCC recua.
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Membros do PCC conversam em terreno, ao lado de comércio
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Carro com pistoleiros se aproxima, acompanhado por moto
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Pistoleiros desembarcam já atirando contra alvos
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Carro de pistoleiros é abandonado, com motor ligado, e batedor foge com moto
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O promotor de Justiça Lincoln Gakiya destacou, em entrevistas, que o PCC, ao se aprofundar no tráfico internacional de drogas, gerou ganhos bilionários, levando a facção a despriorizar o comércio local de drogas. Esse abandono abriu portas para novos players como o CV, que têm aumentado seu controle nas bocas de fumo.
Entretanto, essa transição não ocorre sem violência. O PCC ainda busca se vingar em resposta ao avanço do CV, resultando em uma onda de assassinatos. Desde 2022, cerca de 40 homicídios relacionados a esse conflito foram registrados, com Bode diretamente envolvido em ordens de execução contra membros do PCC.
Após a prisão de Anderson Ricardo de Menezes, conhecido como Magrelo, Bode assumiu uma posição de destaque no CV, consolidando alianças e eliminando adversários. Contudo, também se tornou alvo de uma caçada, sendo forçado a se esconder em áreas cariocas.
Na ausência de Bode, Luís Lopes Júnior, apelidado de Grão, ocupa a liderança interina do CV. Monitorado pela polícia, sabe-se que ele transportava drogas e armas entre São Paulo e Rio de Janeiro, utilizando uma chácara de Wilson Balbino da Cruz, o Japonês, como ponto de apoio. Recentemente, essa propriedade foi alvo de uma operação policial que resultou na apreensão de 96 quilos de drogas e armamentos, demonstrando o alcance e a logística sofisticada da facção.
A situação permanece tensa e instável. À medida que o CV se expande, o PCC luta para recuperar seu espaço em um cenário marcado por violência e poder. E você, o que acha dessa nova configuração do tráfico? Deixe sua opinião nos comentários!
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