Em um desdobramento impactante, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu, nesta terça-feira, suspender o deputado federal André Janones (Avante-MG) por três meses. A votação resultou em 15 a favor e 3 contra, e, embora a Mesa Diretora tenha solicitado uma suspensão de seis meses, o relator Fausto Santos Jr. (União Brasil-AM) reduziu a pena, considerando-a “proporcional” à gravidade dos eventos que ocorreram.
A controvérsia teve início após um tumulto no plenário da Câmara, onde Janones se desentendeu com membros do PL. O deputado alegou ter sido alvo de agressões verbais e físicas, enquanto a bancada do PL o acusou de provocá-los com ofensas. Santos Jr. argumentou que a iniciativa da Mesa era “legítima e necessária”, destacando o impacto negativo da conduta de Janones no funcionamento parlamentar.
Curiosamente, Janones não esteve presente na sessão inicial do Conselho, sendo representado por seu advogado. Chegou ao local cerca de uma hora depois do início da reunião e contestou a comunicação sobre o evento, alegando falta de respeito ao seu direito à defesa. No entanto, o presidente do colegiado, Fabio Schiochet (União-SC), afirmou ter enviado várias notificações ao deputado, evidenciando uma aparente falha de comunicação.
Após a suspensão, uma investigação foi aberta para avaliar a situação. Este evento não é isolado; em maio, outra suspensão similar ocorreu, afastando o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por infrações relacionadas ao decoro parlamentar. O caso de Janones foi desencadeado por um tumulto durante o discurso do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o que levou a Mesa a protocolar uma representação formal no Conselho de Ética.
Além disso, Janones também registrou uma queixa policial por lesão corporal, injúria e importunação sexual contra outros deputados, descrevendo um incidente onde foi cerceado e agredido durante o tumulto. As acusações incluem não apenas agressões físicas, mas também xingamentos de natureza degradante, causando-lhe grande constrangimento emocional.
O caso segue em investigação, e a repercussão é intensa tanto entre parlamentares quanto entre a sociedade. Quais são suas opiniões sobre essa situação? Deixe seus comentários e participe da discussão!
Comentários Facebook