A ex-ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, recentemente demitida pelo presidente Lula, receberá mais seis meses de salário durante um período de quarentena. A decisão foi tomada pela Comissão de Ética Pública (CEP) após ela manifestar interesse em retomar o trabalho em sua consultoria, a Xaraés, que compete em licitações com entidades governamentais, configurando um possível conflito de interesse.
Cida, que tinha uma remuneração bruta de R$ 46 mil enquanto estava no governo, relatou que acionou a CEP para esclarecer sua situação. Ela enfatizou que, embora sua empresa tenha um viés social, o envolvimento dela poderia expor informações privilegiadas durante a competição por contratos públicos.
“Estou tentando refazer a vida após deixar o governo e retornei a Campo Grande”, compartilhou Cida. Ela começou sua jornada na Xaraés em 2016 e, quando assumiu o ministério, retirou-se da sociedade. Após sua saída, a empresa voltou a focar em consultorias para o setor privado, mas a ex-ministra se preocupou com a possibilidade de informações sensíveis influenciararem as licitações futuras.
A CEP visa evitar o efeito porta-giratória, onde ex-servidores públicos imediatos se tornam agentes de mudança para a iniciativa privada, influenciando decisões que antes tomaram na administração pública. Assim, ao ser colocada em quarentena, Cida estará impedida de trabalhar na Xaraés por seis meses, podendo retornar apenas após esse período.
Com a situação gerando debates sobre a ética na transição entre setores público e privado, a ex-ministra se mantém no foco, enquanto a Comissão de Ética enfrenta críticas por sua consistência nas decisões. O que você pensa sobre essa situação? Comente abaixo e participe da conversa!
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