Nos últimos dois anos, a Bahia registrou um alarmante aumento de 14,8% no número de pessoas desaparecidas, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. Em 2022, foram notificados 3.538 casos, e, em 2024, esse número saltou para 4.066, colocando o estado na terceira posição entre as unidades federativas com maior crescimento, atrás do Amapá e de Sergipe.
Curiosamente, a quantidade de pessoas encontradas também subiu, passando de 836 para 876. Os dados sugerem uma interligação entre a crescente violência e a invisibilização de execuções, onde os desaparecimentos podem ser uma forma oculta de violência, especialmente em áreas marcadas por disputas entre facções e altas taxas de letalidade policial.
O perfil dos desaparecidos no Brasil reflete uma triste realidade: 62,8% são homens, 54,3% são pessoas negras e 53,5% são adolescentes e jovens. Este panorama se torna ainda mais preocupante com denúncias recentes sobre falhas nos canais de atendimento do Departamento de Proteção à Pessoa (DPP) da Polícia Civil da Bahia. Relatos indicaram que os números disponíveis para denúncias não estavam respondendo, gerando apreensão na comunidade.
Inicialmente, o DPP afirmou que os números mencionados nos relatos não faziam parte de seus canais oficiais e apresentou novos contatos. No entanto, uma investigação revelou que um dos números questionados ainda constava como oficial no site do DPP. Após ser confrontado com essa informação, o departamento reconheceu o erro e atualizou os dados. Agora, os contatos corretos para reportar desaparecimentos são: (71) 9631-6538; (71) 3116-0124; (71) 3116-0053.
Esses números são vitais para garantir que cada indivíduo tenha um espaço para ser ouvido e que as vozes dos desaparecidos não permaneçam na obscuridade. Você já conhecia esses dados? O que acha sobre a questão dos desaparecimentos na Bahia? Compartilhe suas opiniões e experiências nos comentários!
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