O governo da Coreia do Norte, sob a liderança de Kim Jong-un, manifestou desinteresse total por conversações sobre uma possível reunificação com a Coreia do Sul. A declaração, feita por Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano, ocorreu na última segunda-feira (28/7) como resposta ao novo governo sul-coreano, agora chefiado por Lee Jae Myung.
Kim Yo Jong enfatizou que a postura de Pyongyang permanece inalterada, independentemente de quem ocupe a presidência em Seul. Ela destacou: “Esclarecemos, mais uma vez, que não temos interesse nas propostas apresentadas pela Coreia do Sul, e não existem motivos para diálogos no futuro.”
Essas palavras surgem após Lee, um político com tendência mais conciliadora em relação ao passado, assumir a presidência em junho. Desde então, ele tem tentado restaurar o diálogo, promovendo iniciativas do Ministério da Unificação para estabelecer intercâmbio e eliminar a propaganda anti-Coreia do Norte emitida por Seul.
Apesar da abertura de Lee, a dinastia Kim acredita que a relação já ultrapassou qualquer possibilidade de reconciliação, citando uma “atmosfera de confronto extremo” gerada por laços estreitos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos. Em resposta ao comunicado de Yo Jong, o presidente sul-coreano reafirmou a importância de restaurar a confiança e desmantelar o “muro de desconfiança” entre as duas nações.
Lee também mencionou a possibilidade de ajustes nas atividades militares conjuntas com os EUA, que são vistas com desconfiança pelo regime de Pyongyang. A próxima edição do exercício militar Freedom Shield está marcada para o próximo mês, o que poderá intensificar ainda mais as tensões.
Embora oficialmente em guerra há mais de 70 anos, Seul e Pyongang iniciaram discussões sobre uma reunificação pacífica em 2000, após a divisão em 1945. No entanto, esses esforços foram abruptamente interrompidos no ano passado, quando Kim Jong-un ordenou o fechamento de agências de cooperação e a destruição das conexões rodoviárias e ferroviárias entre os países.
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