Flávio Dino, ministro do STF, não hesitou em classificar as sanções de Donald Trump ao Brasil como “absolutamente exóticas”. Em um evento realizado em São Luís, ele fez referência à decisão do presidente dos EUA de retaliar o Brasil devido ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe. Dino ressaltou que essa interferência representa um novo e inédito tipo de pressão sobre a autonomia judicial de um país, algo sem precedentes na história.
“É impensável que uma nação busque retaliação por conta de uma decisão judicial de outra. Nossa história é marcada por eleições regulares e uma independência judicial às quais respeitamos”, destacou. Ele enfatizou que o ocorrido deve ser observado com a devida seriedade, comparando à situações em que cortes supremas foram dissolvidas ou seus juízes assassinados em vários pontos do mundo. “Nunca assistimos a uma tentativa de sequestrar a autonomia de um país dessa forma”, completou.
Dino chamou a atenção para a necessidade de garantir que a resposta do Judiciário permaneça ancorada nos princípios do Estado de Direito, infringindo a linha que divide disputas ideológicas e a busca por justiça. “A nossa resposta é fundamentada no liberalismo e iluminismo, distantes de qualquer rotulação ideológica”, afirmou.
Essa assertividade do ministro não só ressalta a importância da independência judicial, mas também convida todos a refletirem sobre as implicações de tal interferência no cenário internacional. Como você vê a relação entre Justiça e Política em tempos de crise? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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