Recentemente, um capítulo intrigante na saga política brasileira se desenrolou, quando a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, trouxe à tona medidas severas, como a proibição de comunicação com réus e a imposição de tornozeleira eletrônica. No meio disso, seu filho, Eduardo, se afastou do cargo de deputado para pressionar o governo Trump, um movimento que Bolsonaro chamou de “covardia”.
Em entrevista à Reuters, Bolsonaro clama por perseguição e uma suposta “caça às bruxas”, desafiando a narrativa com a declaração de que não buscou um golpe. Para ele, a intenção é afastá-lo do centro político enquanto reafirma sua candidatura para as eleições de 2026. Contudo, a sombra da inelegibilidade o persegue, levantando questões sobre sua real relevância nas próximas disputas.
“Ele fica inventando essas coisas, como suas falas sobre anistia, para ficar em cartaz. Ele seguirá sendo uma referência para a direita, mas quando for condenado, para além da já existente inelegibilidade, aí acabou essa história de candidatura”, afirma Ricardo Noblat.
Durante uma participação no programa de Noblat, o cientista político Fábio Kerche sugere que a real intenção de Bolsonaro é manter o poder em sua família, porém esse desejo parece estar se distanciando da realidade. Até seus aliados estão sofrendo as consequências de decisões que priorizam interesses pessoais sobre a responsabilidade de liderar.
“O aumento na popularidade de Lula e a iminente prisão do Bolsonaro bagunçaram mais ainda o jogo de quem irá substituir Bolsonaro como líder da direita em 2026”, comenta Kerche.
Se a alternativa se tornar Nikolas Ferreira, um nome menos consolidado, as chances da extrema-direita se complicam ainda mais. O cenário se apresenta, portanto, como um verdadeiro labirinto político, repleto de riscos e incertezas.
Veja um trecho desse intrigante debate abaixo:
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