Em uma reviravolta significativa no caso que envolve a tentativa de manter Jair Bolsonaro no poder, o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, apresentou suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em seu documento, Cid descreve os tumultuados episódios de 8 de janeiro de 2023 como “nefastos”, destacando a gravidade dos eventos que abalaram a democracia no Brasil.
Cid, que se tornou um dos principais colaboradores na investigação sobre a suposta trama golpista, reafirma à Justiça que não esteve envolvido diretamente nos atos de violência, desde que, em 2022, já havia sido determinado que ele assumiria o comando do batalhão de Goiânia. Sua defesa argumenta que associá-lo aos crimes é análogo a “punir a sombra por um crime ocorrido no sol”.
“A acusação parece ignorar não apenas minha ausência física, mas também a falta de ligação causal com os fatos alegados”, sustenta a defesa, ressaltando que não há evidência de que Cid tenha participado, incentivado ou mesmo podendo impedir os eventos que ocorreram.
Além da defesa da inocência, o time jurídico de Cid solicita sua absolvição, apontando a escassez de provas e autoria nos crimes de golpe de Estado. Eles pedem também a recuperação dos benefícios do acordo de delação, que foram retirados sob alegações do Procurador-Geral.
O desfecho dessa história pode se aproximar, com o julgamento de Bolsonaro programado para ocorrer entre agosto e setembro. A expectativa é que as alegações sejam concluídas até 13 de agosto, sem interrupções, mesmo durante o recesso do Judiciário em julho. Essa fase de instrução processual foi considerada encerrada pelo Ministro Moraes, que também aprovou diligências complementares.
Com um cenário tão complexo e envolvente, a história de Mauro Cid e suas implicações para a política brasileira continua a ser um tema de grande interesse. Quais são suas opiniões sobre os eventos de 8 de janeiro e o impacto disso na democracia? Compartilhe seus pensamentos!
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