A LCM Construção e Comércio, alvo das investigações da Polícia Federal no Amapá, tem se destacado por receber impressionantes R$ 10,8 bilhões do governo federal. Essa somatória é fruto de contratos estabelecidos com várias superintendências do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ao longo de sua operação desde 2014.
Com um portfólio que ultrapassa R$ 23 bilhões em contratos com a administração federal, o ano de 2023 acabou sendo o mais lucrativo até agora, com repasses que somam cerca de R$ 10 bilhões. Essa escalada financeira se intensificou após a operação Lava Jato, que deixou vagas no mercado, favorecendo o crescimento da LCM.
Recentemente, a PF realizou uma operação envolvendo o presidente da empresa, Luiz Otávio Fontes Junqueira, acusado de ter se beneficiado de um esquema de licitação fraudulento. Durante a busca em sua residência em Nova Lima (MG), foram apreendidos três carros de luxo da marca Porsche, e investigações apontam que saques fracionados totalizaram R$ 680 mil.
Além disso, a LCM também recebeu aproximadamente R$ 418 milhões em emendas parlamentares, sendo que parte desse valor foi oriunda do polêmico “orçamento secreto”. Atualmente, a empresa detém cinco contratos no Amapá, com um montante total superior a R$ 192 milhões, e continua a ser um player relevante na licitação pública, atuando em todas as regiões, exceto em São Paulo e Goiás.
A Operação Route 156, que visa investigar irregularidades nas obras da BR-156, revelou a existência de uma suposta organização criminosa operando na Superintendência do Dnit no Amapá. Com licitações sob suspeita totalizando R$ 60 milhões, um dos alvos da operação foi o superintendente da região, Marcello Linhares, afastado por decisão judicial. A influência do suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também foi citada, complicando ainda mais o cenário.
Em nota, a LCM defende sua integridade e se coloca à disposição das autoridades, assim como o Dnit, que reforça seu compromisso com a transparência e o combate à corrupção. Aproveitando a situação, o senador Alcolumbre se distanciou das acusações, alegando não ter vínculos com os envolvidos.
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