Em meio a um cenário tenso de relações diplomáticas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se posicionou sobre a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Ao contrário do que sugerem rumores, Haddad confirmou que o governo brasileiro não planeja impor restrições às remessas de dividendos de empresas americanas no Brasil como forma de retaliação.
Neste sábado (19/7), o Ministério da Fazenda divulgou uma nota, reiterando a posição do ministro: “não estão em consideração medidas mais rigorosas de controle sobre os dividendos em resposta às taxas dos EUA”, assegurou a pasta.
“O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nega que o governo brasileiro esteja avaliando a adoção de medidas mais rigorosas de controle sobre os dividendos como forma de retaliação às taxas adotadas pelos Estados Unidos e reafirma que essa possibilidade não está em consideração”, informou a pasta.
Enquanto isso, uma nova controvérsia envolveu o Supremo Tribunal Federal (STF). A suspensão de vistos do ministro Alexandre de Moraes e de seus aliados, imposta pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, instaurou um clima de incerteza sobre as repercussões desta medida. A expectativa é de que apenas três dos 11 ministros da Corte, mais próximos ao governo bolsonarista, fiquem excluídos das sanções.
Na lista dos visados estão, além de Moraes, os ministros Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Edson Fachin. Já os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux parecem estar fora do escopo das sanções.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou solidariedade aos ministros afetados e lançou uma nota oficial, considerando a ação do governo americano como “arbitrária” e sem justificativa. Em sua declaração, Lula reforçou que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”.
Comentários Facebook