Em um depoimento impactante ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, relatou que se tornou alvo de intensos ataques nas redes sociais e em veículos de comunicação ao recusar o apoio a uma tentativa de golpe de Estado. Esse leva a crer que, na turbulência política que marcou o fim de 2022, uma postura legalista não foi bem vista por alguns setores.
Questionado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Baptista Junior destacou que os ataques frequentemente visavam desacreditá-lo e ao general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Ele acreditava que esses ataques tinham a intenção de forçá-los a mudar suas posições. “Eu não tenho dúvida de que eram direcionados a nós”, afirmou, enfatizando o clima de pressão que o cercava.
O ex-comandante também revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro lhe entregou um relatório do Instituto Voto Legal, que questionava a integridade das urnas eletrônicas. Baptista Junior, cuja experiência era sustentada por sua trajetória militar e legalista, afirmou que os ataques persistem até os dias atuais, indicando a profundidade da divisão política no país e o impacto contínuo das suas escolhas.
Em maio, Baptista Junior e Freire Gomes já tinham sido ouvidos como testemunhas contra o “núcleo 1” da trama golpista, onde confirmaram sua participação em reuniões em que medidas para contestar o resultado das eleições foram discutidas. As revelações de Baptista Junior não apenas expõem a tensão das semanas pós-eleitorais, mas também provocam reflexões sobre a integridade das instituições democráticas.
O que você pensa sobre a pressão que figuras militares enfrentam em cenários políticos tumultuados? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões sobre o impacto desses acontecimentos na democracia brasileira.
Comentários Facebook