Nos últimos dias, as declarações de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, têm ganhado destaque não apenas no campo econômico, mas também na política. É hora de prestar atenção nas suas movimentações.
Haddad, que Lula brincava ser o “mais tucano dos petistas”, agora mostra-se cada vez mais confortável em confrontar as narrativas da direita. Ontem, ele disparou críticas contundentes:
“A família Bolsonaro está conspirando contra o Brasil, ameaçando o país. Se não houver anistia, a situação pode piorar. Essa atitude não tem precedentes históricos tão vergonhosos”, declarou ele.
Ele também questionou o governador Tarcísio: “Ou uma pessoa é candidata a presidente, ou se torna vassalo. Não há espaço para isso no Brasil desde 1822. Ajoelhar-se diante de uma agressão unilateral é insensato.”
Márcio França, ministro do Empreendedorismo, não ficou atrás e criticou Tarcísio pela campanha a favor de Donald Trump, que prejudicou agricultores de São Paulo: “Tarcísio, não precisa fazer harakiri, apenas renuncie.”
A ministra Simone Tebet também alinhou suas ideias com Haddad. Em um post nas redes sociais, citou Rui Barbosa: “A pátria é a família amplificada. Aqui, nossa gente vive e trabalha. Não se deve atacar nossa soberania nacional.”
Em uma sessão no Congresso, Simone defendeu a justiça tributária, afirmando que aqueles que pagam menos devem contribuir mais: “Se isso é ser de esquerda, então eu me considero de esquerda.”
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, também direcionou suas críticas ao clã Bolsonaro, relembrando a má gestão da pandemia e os atentados à democracia: “Esse clã, mesmo fora do governo, continua a trabalhar contra o povo brasileiro, agora com ações que prejudicam a economia e os empregos.”
A chapa que começa a se desenhar ao redor de Lula conta com Alckmin para o governo de São Paulo, França como vice, e Haddad e Simone como candidatos a senadores. Se essa coalizão se concretizar, o governador Tarcísio de Freitas terá que pensar bem antes de decidir se arrisca sua candidatura à presidência em 2024.
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