Farra do INSS: Ministério da Previdência apura consignados da Crefisa

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O cenário de fraudes nos empréstimos consignados ganhou novos contornos com as recentes declarações do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. Em uma sabatina realizada no 20º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), ele revelou que a Crefisa está sob auditoria interna para investigar diversas reclamações relacionadas aos seus serviços de crédito.

“As investigações precisam ir a fundo”, destacou Queiroz, referindo-se às apurações em andamento da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF). Estas autoridades buscam descobrir possíveis vínculos entre práticas irregulares na concessão de empréstimos e associações que atuam junto ao INSS, garantindo pagamentos diretos da folha de aposentados.

Em janeiro de 2024, a Crefisa conquistou a maioria das lotes de um leilão do INSS, iniciando suas operações com um histórico de denúncias comparáveis às associações investigadas pela Operação Sem Desconto. Essa operação denunciou a explosão de descontos indevidos, resultando na abertura de múltiplos inquéritos e na demissão de autoridades, incluindo o presidente do INSS.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) também entrou na dança, enviando ofícios a várias instâncias, incluindo o Banco Central, solicitando esclarecimentos sobre irregularidades como empréstimos não autorizados e falta de transparência nas operações da Crefisa. Em diálogo direto com a OAB, Queiroz relatou que a investigação está sendo tratada com a seriedade que o assunto demanda. “Estamos fazendo uma varredura no crédito consignado como um todo”, afirmou.

Ele também apontou diferenças entre as fraudes cometidas por algumas associações de fachada e os empréstimos oferecidos por correspondentes bancários regulamentados. Há cerca de 320 mil destes correspondentes operando no Brasil, todos sob a supervisão do Banco Central, destacando a importância da regulação no combate às irregularidades.

O escândalo do INSS, revelado pelo Metrópoles em reportagens que começaram em dezembro de 2023, revelou que as associações se beneficiam de milhões em arrecadações irregulares, levando à abertura de inquéritos pela PF e CGU. Com os problemas em pontos críticos, como áudios fraudados para simular consentimentos em descontos, a situação só se agrava.

O ministro Queiroz se comprometeu a não apenas conversar, mas também a agir diante de banqueiros no sentido de esclarecer e ajustar quaisquer distorções enfrentadas pelo sistema de crédito consignado. A sua postura transparente e proativa é um sinal de que a fiscalização se fortalecerá no combate a esse tipo de fraude.

O que você acha dessas investigações e das ações que estão sendo tomadas? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão crucial para o futuro do crédito consignado no Brasil!

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