Favela do Moinho é “quartel-general” do PCC no Centro de SP, diz Gaeco

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A Favela do Moinho, situada a menos de três quilômetros da icônica Catedral da Sé, se destacou como um verdadeiro epicentro do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo. Essa revelação é fruto das investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público de São Paulo.

Sob a liderança de Leonardo Monteiro Moja, conhecido como “Léo do Moinho”, a favela operava como um quartel-general do tráfico. Utilizavam antenas clandestinas para interceptar comunicações da Polícia Militar, permitindo que os criminosos sempre estivessem um passo à frente nas operações policiais.

Em um aceno alarmante a essa realidade, até mesmo membros do governo Lula, como o ministro Márcio Macêdo, se reuniram com uma associação de moradores relacionada ao PCC, presidida por Alessandra Moja Cunha, irmã do traficante. O local da reunião, um antigo ponto de armazenamento de drogas, levanta questões sobre a estreita relação entre o governo e o crime organizado.

O Gaeco também apontou que o Moinho serve não apenas como rotatório de drogas, mas como um verdadeiro centro de comando do PCC. A denúncia, apresentada em abril, destaca que a escuta ilegal das comunicações se tornou uma estratégia crucial para o funcionamento da criminalidade na região.

O silo do moinho: local abrigava antena do PCC, diz Gaeco
O silo do moinho: local abrigava antena do PCC, diz Gaeco

Durante uma visita à favela, o presidente Lula destacou a importância de uma torre, que deveria ser preservada como um memorial. Entretanto, um estudo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP) contradisse o presidente, alegando que a estrutura está degradada e recomendando sua demolição.

Enquanto isso, os moradores vivem sob a pressão do PCC, que chega a exigir até R$ 100 mil por sua permissão para deixar a favela, mesmo com a ajuda de custo do governo que pode alcançar R$ 250 mil. Este cenário caótico é um reflexo da luta constante entre o crime organizado e as autoridades.

O secretário de segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que a estratégia visa desmantelar a rede criminosa que movimenta o tráfico no centro da cidade. A atuação do governo, embora enraizada em ações de segurança, é desafiada pelas forças ocultas do PCC.

Perguntamo-nos: até que ponto a intervenção do governo será capaz de romper com as dinâmicas de controle do PCC na Favela do Moinho? O que você pensa sobre essa complexa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários e faça sua voz ser ouvida.

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