No dia 15 de julho, a cidade de Três Corações, em Minas Gerais, enfrentou um impacto devastador: a multinacional americana ADM anunciou o fechamento de sua unidade de produção de pet food, avaliada entre R$ 1 e R$ 1,5 bilhão. Com um corte abrupto, quase mil funcionários foram demitidos, e o que era considerado um dos mais modernos centros de produção da América Latina, com capacidade para 500 mil toneladas de ração por ano, tornava-se um capítulo a ser encerrado.
Esse movimento faz parte de um plano global da ADM para reestruturar operações e redirecionar investimentos para mercados mais lucrativos, deixando o Brasil em segundo plano. Longas tentativas de vender a planta falharam, levando à drástica decisão dada a funcionários em uma reunião impactante.
O fechamento representa uma perda significativa para Três Corações, que possui cerca de 80 mil habitantes. A ADM era uma das maiores empregadoras da região, e a interrupção das atividades não só segou quase mil postos diretos, como também impactou outros 300 empregos indiretos. O temor agora é que a estrutura permaneça ociosa, representando um marco de estagnação na economia local.
Apesar da dinâmica de fechamento, a ADM segue adiante com um h específico: cortar entre US$ 500 e US$ 750 milhões nos próximos anos. Para isso, a empresa optou por fortalecer a produção em locais como o México, onde novos incentivos fiscais e um ambiente regulatório mais ágil estão atraindo investimentos. A proximidade com os EUA e um mercado considerado “eficiente e previsível” tornam esta escolha cada vez mais clara.
Enquanto isso, o segmento de pet food no Brasil continua a crescer. Em 2024, Esse mercado movimentou mais de R$ 42 bilhões, impulsionado pela humanização dos pets e a demanda por produtos de alta qualidade. Contudo, a saída da ADM poderá intensificar a concentração do setor, resultando em menos concorrência e possíveis aumentos nos preços.
Os sindicatos da região já estão se mobilizando em busca de soluções, mas até o momento, não há um plano oficial de apoio aos demitidos. Diante desse cenário incerto, a pergunta que fica é: como a comunidade e esses trabalhadores podem reagir a essa reviravolta?
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