CULTURA
Evento de Lançamento no Coração do Pelourinho

O Afoxé Filhas de Gandhy, pioneiro entre os grupos femininos do Brasil, apresentou sua nova logomarca e enredo para o Carnaval de 2026 em um evento especial no Pelourinho. Intitulado “Orisà Ayàn nos abençoou”, o tema homenageia o orixá do som e da festa, ressaltando a importância dos tambores na espiritualidade afro-brasileira.
A apresentação foi conduzida por Silvana Magda, gestora do Afoxé, que compartilhou a profunda conexão emocional com a percussão: “O tambor me chama como uma divindade. Celebrar Ayàn é reconhecer a força que ele representa em nossas vidas e culturas”, afirmou.
Silvana destacou ainda a luta persistente do grupo contra o machismo que permeia a música e a religião. “A inclusão de mulheres na percussão é um desafio diário. Este desfile será uma homenagem poderosa a Ayàn, onde o tambor se torna símbolo de resistência e empoderamento”, explicou.
A proposta artística se estende a uma celebração multicultural, unindo ritmos da África, Ásia, Europa, América e tradições indígenas brasileiras através de instrumentos ancestrais. Cada tambor carrega a essência de uma cultura, como o Batá africano e a tábla indiana, elevando a mensagem da diversidade.
A nova logomarca, criada por Zaca Oliveira, incorpora elementos modernos, simbolizando acolhimento e a expansão do som. “Construímos uma marca com alma feminina, respeitando as raízes sagradas”, comentou Zaca.

Nova logomarca de Filhas de Gandhy | Foto: Shirley Stolze/ Ag A TARDE
A diretora de Relações Públicas, Marta Góes, ressalta que o tema traz à tona um aspecto espiritual profundo. “Este conhecimento transformou nossa visão sobre tocar tambor, é um desafio gratificante que promete deixar sua marca na avenida”, afirmou.
O desfile de 2026 é prometido como um dos mais memoráveis da trajetória do grupo. “As Gandhy estão crescendo e vão brilhar como nunca. Este será um carnaval de impacto visual e educacional, verdadeiramente nosso melhor desfile”, completou Marta.
Silvana enfatiza que o papel das Filhas de Gandhy vai além da folia: “O Carnaval é uma vitrine cultural e temos a responsabilidade de contar nossas histórias. Não é apenas sobre festa; é sobre resistência e educação através da arte”, finalizou.
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