CINEMA DA UFBA
Diretor do Filme é o Argentino Carlos Pronzato
24/07/2025 – 14:06 h

Amílcar Cabral: Coração Pan Africano e Revolucionário –
Amílcar Cabral, um diplomata e organizador político, co-fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC). Com uma trajetória marcante, ele foi o principal arquiteto da libertação dessas nações do domínio colonial português na década de 1970. O documentário Amílcar Cabral: Coração Pan Africano e Revolucionário, dirigido por Carlos Pronzato, revela sua vida e sua luta.
A exibição única está marcada para esta quinta-feira, 24, às 19h, no Cinema da UFBA, parte do Circuito de Cinema Saladearte. Os ingressos variam entre R$ 34 (inteira), R$ 17 (meia) e R$ 9 (comunidade UFBA).
Nascido em Bafatá, na Guiné-Bissau, em 1924, Cabral dedicou a maior parte de sua vida à luta anticolonial, sendo assassinado aos 48 anos. O documentário, com duração de 1h25m, traz depoimentos de líderes políticos e pesquisadores da diáspora cabo-verdiana e guineense em Lisboa.
Participam do filme, entre outros, ministros e ativistas, além do renomado poeta e ensaísta José Luís Hopffer Almada. A ideia de produzir o documentário surgiu após Pronzato terminar seu curta Memórias do 25 de Abril, levando-o a mergulhar no legado de Cabral e na militância africana na Europa.
Embora a liderança de Cabral não tenha impactado diretamente a Revolução dos Cravos em 1974, que derrubou a ditadura em Portugal, Pronzato aponta que a luta na Guiné-Bissau influenciou esse movimento. “As tropas portuguesas estavam à beira da derrota. Isso catalisou a revolução em Lisboa”, explica ele.
A obra também celebra os 50 anos da independência de Cabo Verde, inserindo-se nas festividades que marcam a libertação de outros países africanos de língua portuguesa, como Angola e Moçambique.
O documentário já teve pré-estreias no Brasil, em locais como o Cinema Estação Botafogo no Rio e na UFES, em Vitória. O lançamento em Cabo Verde ocorreu no Largo Memorial Amílcar Cabral, na Grande Feira do Livro da Biblioteca Nacional, em Praia, no dia 8 de julho.
Apesar de ser uma exibição única, Pronzato expressa desejo de levar o filme a escolas e movimentos sociais. “A circulação muitas vezes depende de órgãos públicos, que poderiam facilitar muito”, comenta.
Antes da exibição, será lançado também dois livros do diretor: O Espírito da Rebelião e O Silêncio das Igrejas Vazias.
Quem é Carlos Pronzato?
Carlos Pronzato, argentino radicado no Brasil, é um cineasta, poeta, e ativista social, reconhecido por seu trabalho comprometido com a cultura e as lutas populares na América Latina. Com quase 90 documentários e mais de 30 livros publicados, recebeu o Prêmio Internacional Roberto Rossellini e o Prêmio Centenário Paulo Freire.
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