FPA: cautela e diplomacia firme diante da tarifa de 50% imposta pelos EUA

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifestou sua preocupação em relação à recém-imposta tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump. Essa medida provoca impactos diretos no agronegócio nacional, afetando desde o câmbio até o aumento nos custos de insumos importados, comprometendo a competitividade das exportações brasileiras.

Em uma declaração oficial, a FPA ressaltou que o momento exige cautela e uma diplomacia incisiva, visando a retomada de acordos essenciais: “É momento de cautela, diplomacia afiada e presença ativa do Brasil na mesa de negociações.”

Os Estados Unidos representam o segundo maior destino das exportações brasileiras, com destaque para produtos como café, carne, suco de laranja e aeronaves. Com o novo imposto, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e o setor café esperam que o grão seja isento da taxação. Marcos Matos, diretor geral do Cecafé, expressou esperança de que o bom senso predomine, alertando que a tarifa onerará o consumidor americano e prejudicará o fluxo do comércio.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) também se posicionou, afirmando que a tarifa terá efeitos adversos na produção da carne bovina. Da mesma forma, o setor de sucos de laranja manifestou preocupação com o novo cenário, solicitando ao governo brasileiro firmar uma posição forte nas negociações.

Ibiapaba Netto, diretor executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), afirmou que “70% do valor da cotação na Bolsa de Nova Iorque representa imposto para acessar o mercado americano”, o que inviabiliza as exportações sem graves prejuízos.

A tarifa começará a valer em 1° de agosto de 2025, conforme comunicado enviado ao presidente Luiz Inácio Lula. A carta de Trump menciona como um dos motivos para a taxação a forma como o Brasil tratou o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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