Gaza soma mais 31 mortes, sem trégua à vista após negociações entre Israel e Hamas

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Na Faixa de Gaza, a tragédia se agrava com mais 31 mortes registradas em um domingo marcado por intensos bombardeios israelenses. Enquanto isso, as negociações de paz, que se iniciaram em 6 de julho em Doha sob a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, permanecem sem um acordo de trégua após uma semana de conversas frustradas. Israel e Hamas trocam acusações sobre a obstrução do diálogo, complicando ainda mais a busca por uma solução para um conflito que já se arrasta por mais de 21 meses.

Um ataque recente, realizado por drone israelense, atingiu um ponto de distribuição de água potável em uma área onde deslocados buscam abrigo, resultando em 10 mortes, dentre elas oito crianças. Khaled Rayan, morador da região, descreveu a cena devastadora: “Fomos acordados por explosões, e vimos nosso vizinho e seus filhos sob os escombros”. A declaração de Mahmoud al-Shami, outro habitante, ressoa a dor coletiva: “O que estamos vivendo é inédito na história da humanidade.”

A situação humanitária em Gaza é alarmante. Com uma população superior a dois milhões, a maioria já foi forçada a se deslocar várias vezes. No sábado, diversas agências da ONU emitiram um alerta conjunto sobre a escassez crítica de combustível, que ameaça levar essa população à inanição.

O conflito teve seu início em 7 de outubro de 2023, após um ataque surpresa do Hamas, que causou 1.219 mortes entre israelenses, em sua maioria civis, além do sequestro de 251 indivíduos – 49 continuam como reféns em Gaza, sendo 27 delas já declaradas mortas.

Os dados do Ministério da Saúde do governo de Hamas indicam que mais de 57.800 palestinos, a maioria civis, perderam a vida na retaliação israelense. Diariamente, a Defesa Civil reporta um número alarmante de mortes devido aos bombardeios.

As conversas para um acordo de trégua se enfrentam a diversos obstáculos. Uma fonte palestina afirmou que o Hamas rejeitou um plano israelense que visa manter suas forças em mais de 40% da Faixa de Gaza, enquanto Israel deseja concentrar deslocados no sul do território, preparando-se para um possível deslocamento em massa.

Por outro lado, autoridades israelenses acusam o Hamas de não fazer concessões e de travar uma guerra psicológica. Contudo, algumas esperanças surgem, com rumores de progressos nas negociações para a entrada de ajuda humanitária e troca de prisioneiros. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou que o objetivo é resgatar os reféns e desmantelar as capacidades do Hamas em Gaza.

Com tantas vidas em jogo e um futuro incerto, o que você pensa sobre essa situação complexa? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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