O governo federal brasileiro está em plena ação para redirecionar os produtos agropecuários que deixarão de ser exportados para os Estados Unidos devido à implementação de uma tarifa de 50%, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. A estratégia envolve a análise de novos mercados e o fortalecimento das exportações para países já parceiros comerciais, com foco no Oriente Médio e na Ásia. Essa iniciativa é coordenada pelo Ministério da Agricultura, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores e o MDIC.
Os produtos mais impactados por essa tarifa incluem suco de laranja, café, carne bovina, frutas e pescados. O governo está alinhando sua abordagem com o setor privado, priorizando mercados essenciais nas negociações. Paralelamente, adidos agrícolas estão buscando ativamente novos importadores para apresentar as oportunidades do Brasil no exterior, enquanto câmaras de comércio tentam facilitar o redirecionamento das exportações para países árabes.
Uma análise preliminar do Ministério da Agricultura revelou a necessidade de discutir aberturas de mercado, habilitação de frigoríficos e negociações para a redução de tarifas. “Estamos explorando todas as opções para mitigar os impactos da tarifa. O primeiro passo é focar nos setores diretamente afetados e buscar novas possibilidades”, destaca uma fonte envolvida nas negociações. A intensificação das agendas ministeriais com países importadores é uma recomendação para acelerar essas conversas vitais.
As negociações incluem a ampliação do acesso da carne bovina brasileira ao Japão, Turquia e Coreia do Sul, com o Japão já realizando auditorias para validar a exportação de carne até novembro. Outras tratativas também buscam habilitar frigoríficos para exportação à Indonésia, Vietnã e México. No setor de sucos, há esforços para reduzir tarifas na China e ampliar a presença de sucos brasileiros na Arábia Saudita.
Apesar de a estratégia de diversificação ser bem recebida pelos empresários, muitos expressam preocupação com a eficácia das ações no curto prazo, uma vez que as negociações costumam ser longas. A estratégia do governo, no entanto, já resultou na abertura de 397 novos mercados para produtos brasileiros desde janeiro de 2023, conforme estimativas do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Os números falam por si: os Estados Unidos foram o terceiro maior destino das exportações agropecuárias brasileiras em 2024, com um volume total de US$ 12,1 bilhões. Se a tarifa de 50% for aplicada, estima-se uma redução de até US$ 5,8 bilhões nas exportações. Essa situação evidencia a urgência em diversificar as rotas de venda, permitindo uma resposta mais resiliente a mudanças no mercado global.
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