Na última segunda-feira, o governo de Donald Trump fez uma revelação impactante ao divulgar centenas de milhares de documentos relacionados à vigilância do FBI sobre Martin Luther King Jr. Esta liberação ocorre em meio a críticas da família do icônico defensor dos direitos civis, que se opõe à divulgação, assim como a Conferência da Liderança Cristã do Sul, cofundada por King.
Ao todo, foram liberadas cerca de 230.000 páginas que estavam sob sigilo desde 1977, quando o FBI começou a coletar esses registros. A Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, anunciou a medida nas redes sociais, destacando que os arquivos incluem informações cruciais, como pistas sobre o caso e relatos de ex-companheiros de cela de James Earl Ray, o homem que confessou o assassinato de King, mas que mais tarde se retractou.
Os filhos de King não hesitaram em criticar as ações do FBI, chamando-as de “invasivas e perturbadoras”. Eles afirmaram que a estratégia da agência visava não apenas monitorar, mas também desacreditar o legado de seu pai e o movimento pelos direitos civis. Para eles, essas operações foram planejadas para silenciar qualquer um que desafiasse o sistema existente.
A discussão em torno da liberação dos arquivos ganhou ainda mais nuances quando, no início deste ano, o Departamento de Justiça requisitou a um juiz federal que revogasse a ordem de sigilo. Questões éticas surgem aqui, com a Conferência da Liderança Cristã do Sul argumentando que a vigilância constituía uma violação dos direitos civis.
Em meio a essa controvérsia, Trump, que já tinha prometido liberar arquivos relacionados ao assassinato de John F. Kennedy durante sua campanha, também introduziu a desclassificação de documentos ligados ao caso de RFK e King. Essa divulgação acontece em um momento crítico, em que o presidente enfrenta crescente pressão e descontentamento entre seus apoiadores devido a suas ações em um caso de tráfico sexual envolvendo Jeffrey Epstein.
O reverendo Al Sharpton acusou Trump de utilizar essa liberação como uma manobra para desviar a atenção das críticas que pairam sobre sua administração. O cenário é refletido em um momento em que a credibilidade de Trump entre seus aliados começa a fraquejar diante das revelações sobre Epstein. Qual é a sua opinião sobre essa divulgação e seus impactos? Compartilhe nos comentários!
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