A situação de Gabriel Pereira Gauna, um menino de 10 anos, ilustra os impactos de uma batalha entre a Sul América e o Grupo Huzzo, prestadora de serviços de home care. A Sul América alega irregularidades nos pedidos de reembolso de 78 beneficiários atendidos pelo grupo, mas essa pendência vem prejudicando aqueles que mais precisam de cuidado.
Gabriel, filho da analista Tamires Gauna, sempre necessitou de atenção especial. Nascido prematuro e com sequelas severas, ele vive conectado a aparelhos de respiração e alimentado por um tubo na barriga, dependendo inteiramente do suporte da equipe de home care desde os seis meses de vida. Em um momento crítico, o atendimento foi interrompido, o que resultou em sua transferência para a UTI.
No final de 2024, Tamires garantiu o atendimento do Grupo Huzzo mediante uma liminar judicial, já que enfrentava dificuldades com a operadora que a Sul América havia designado anteriormente. No início, seu pedido de reembolso foi aceito sem problemas, mas logo o cenário mudou, com várias solicitações subsequentes sendo negadas, totalizando cerca de R$ 300 mil. A falta de comunicação da Sul América durante as auditorias gerou ainda mais insegurança.
Após três meses de serviços sem pagamento, o Grupo Huzzo acabou por interromper a assistência. Tamires buscou alternativas, contatou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mas não obteve sucesso em encontrar um novo prestador de home care. A situação culminou em uma internação prolongada para Gabriel, que enfrentou pneumonia e complicações adicionais.
Ao retornar para casa, apesar de contar novamente com o serviço de home care, as insatisfações se acumulam. Tamires relata a falta de suprimentos essenciais e o desgaste emocional que essa batalha constante provoca. Cada obstáculo enfrentado a faz reviver memórias dolorosas, gerando um transtorno psicológico imenso.
Enquanto isso, a Sul América permanece inerte diante das dificuldades de seus segurados, deixando um questionamento no ar: até onde essas batalhas de bastidores podem afetar vidas preciosas? O espaço está aberto para a seguradora se manifestar sobre o caso, e a dor de uma mãe em busca do melhor para seu filho continua a ecoar.
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