Haddad diz que governo foi ‘pego de surpresa’ com decisão sobre IOF e nega crise com o Congresso

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quebrou o silêncio sobre a controvérsia envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) durante sua participação na Cúpula do Mercosul, na Argentina. Ele afirmou que a reação do Congresso Nacional ao aumento da alíquota foi uma surpresa para o governo, que continua aberto ao diálogo e às negociações. “Fomos pegos de surpresa ao não sermos reconvocados para concluir as tratativas”, declarou, enfatizando que o Executivo não abandonou a mesa de discussão.

A situação se agravou quando a Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu levar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a Câmara e o Senado derrubarem o decreto presidencial que aumentava o IOF. Apesar das tensões, Haddad minimizou a importância do recurso ao STF, chamando-o de uma “pergunta legítima” às instituições democráticas. Ele destacou que “quando há divergência entre Poderes, o Judiciário deve ser consultado”, convidando a uma reflexão serena sobre o papel das diferentes instituições.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou, apontando que houve uma quebra de compromisso por parte de líderes parlamentares. Ele expressou a frustração de um acordo que deveria ter sido respeitado, ressaltando a importância de manter um diálogo saudável entre os Poderes. Apesar dessas tensões, o presidente afastou qualquer sinal de ruptura política, enfatizando que “os Poderes não rompem; eles dialogam e resolvem suas divergências através do Judiciário”.

A judicialização do caso provocou reações no Congresso, especialmente entre parlamentares da oposição, que acusaram o governo de tentar invadir as competências do Legislativo. No entanto, Haddad reafirmou que a situação não deve ser vista como um conflito político, mas sim como uma questão técnica e constitucional vital para a estabilidade institucional.

Em um momento crítico, onde o governo busca aprovar medidas fiscais significativas, a resolução deste impasse no STF pode influenciar diretamente os rumos das relações entre os Poderes. A pergunta que fica é, como você avalia essa situação? Deixe seu comentário abaixo e participe da discussão!

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