O debate em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ganha novos contornos com as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em uma entrevista incisiva, Haddad não apenas reafirmou a prerrogativa do presidente da República sobre o IOF, como também criticou a isenção fiscal concedida ao setor de apostas online, um tema cada vez mais em foco no cenário político e judicial brasileiro.
Haddad enfatizou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já deliberou que o IOF é um instrumento tributário cuja competência é exclusiva do Executivo. “O IOF é prerrogativa do presidente da República. Isso já foi decidido várias vezes pelo STF”, destacou o ministro, em resposta aos movimentos de oposição que tentam barrar o recente aumento do imposto, afetando diretamente plataformas de apostas. Esse decreto ganhou maior visibilidade quando o presidente da Câmara, Hugo Motta, tomou uma posição contrária, e várias entidades empresariais recorreram ao STF.
Apesar da controvérsia, Haddad assegurou que o governo está comprometido em manter um diálogo aberto com o Congresso. Ele lembrou que, ao longo de sua gestão, várias medidas cruciais foram aprovadas, como a reforma tributária e a taxação de fundos exclusivos. O ministro não hesitou em criticar o tratamento anterior dado às apostas online, que resultou em uma renúncia de cerca de R$ 40 bilhões em arrecadação. “Por que o antigo governo se omitiu na cobrança de tributos das bets? Tratavam essas empresas quase como entidades filantrópicas”, questionou ele.
Haddad argumenta que a responsabilidade pelo ajuste fiscal não deve recair sobre os mais vulneráveis. “Quem tem que pagar pelo ajuste fiscal são aqueles que não contribuem. Precisamos aumentar a base de arrecadação”, defendeu, ressaltando que é fundamental garantir que grandes empresas e os mais ricos também coloquem a mão no bolso. “Se até os setores prósperos como fintechs e apostas não pagarem impostos, não haverá como fazer o ajuste sem sacrificar aqueles que vivem com um salário mínimo e dependem do Bolsa Família.”
Encerrando suas observações, Haddad afirmou que o governo se compromete a agir com responsabilidade fiscal e justiça social, sempre buscando diálogo com o Congresso para construir um orçamento equilibrado e justo para 2026. O futuro da tributação e da justiça social no Brasil está em jogo, e o momento exige engajamento de todos nós. O que você acha das declarações de Haddad? Deixe sua opinião nos comentários!
Comentários Facebook