MASSARANDUBA
Julgamento acontece nessa quarta-feira, 9, quase dois anos após o crime
08/07/2025 – 23:15 h

Na foto, Raquel, Diego e o enteado aparecem juntos no dia do casamento do casal –
Após quase dois anos de um crime brutal, Diego dos Santos Andrade, 38 anos, enfrenta um júri popular nesta quarta-feira, 9, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Ele é acusado de assassinar sua esposa, Raquel da Silva Almeida, de 34 anos, e de tentar matar o enteado, um adolescente de apenas 13 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 24 de setembro de 2023, na residência onde a família vivia, em Massaranduba.
Rafael Teixeira, pai do garoto e ex-marido de Raquel, expressou sua indignação: “Espero que ele apodreça na cadeia. Não há preço que pague o que ele fez.” Rafael não estará presente fisicamente, pois está morando em Porto Belo, Santa Catarina, mas participará do julgamento por videoconferência, representado por suas advogadas, Darlane Carneiro e Carolina Adorno.
“Foi um crime hediondo e planejado”, afirmou Darlane, ressaltando as gravíssimas sequelas psicológicas que o jovem enfrenta. Com o apoio do promotor de Justiça, Davi Gallo, a expectativa é de que a pena varie entre 40 a 45 anos, dadas as circunstâncias agravantes do caso.
Dias antes da tragédia, Rafael havia denunciado Diego ao Conselho Tutelar, temendo pelos maus-tratos que o filho sofria. “O erro foi não averiguar a situação”, lamentou Rafael, que sabia das constantes agressões.
Relembre o crime
Na fatídica madrugada de setembro, o crime ocorreu após um desentendimento motivado por ciúmes e ameaças. Em depoimento, Diego alegou que a briga começou por causa de um ventilador, mas sua versão é contestada. O Ministério Público afirma que Raquel não teve chance de defesa e que ambos, mãe e filho, foram atacados de forma brutal.

Raquel e Diego se conheceram em 2020 | Foto: Reprodução Arquivo Pessoal
Após a agressão, Diego permaneceu no local e ainda teve a audácia de sair para comprar pão, deixando a cena do crime com indiferença. Raquel foi encontrada morta, enquanto o jovem, gravemente ferido, rastejou e se fingiu de morto para escapar.
“Meu filho lutou pela vida e sobreviveu”, disse Rafael, visivelmente emocionado, ao relembrar da batalha que seu filho enfrentou após o ataque. A história de força e resiliência agora se entrelaça com a expectativa de justiça.
A prisão de Diego
Diego foi preso preventivamente em 28 de setembro, após um mandado expedido pela Justiça. Sua fuga para a cidade de Laje não o impediu de ser capturado dias depois. A denúncia de um crime tão brutal, em um ambiente que deveria ser seguro, levanta questões sobre proteção e responsabilidade.
Agora, com o julgamento à vista, a comunidade e a família de Raquel e Rafael esperam por uma resposta que traga algum sentimento de justiça neste caso lamentável. O que você acha que deve acontecer a Diego? Compartilhe sua opinião.
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