A Igreja Evangélica Luterana na Jordânia e na Terra Santa emitiu um forte manifesto contra o cerco israelense a Gaza, denunciando o uso da fome como arma para promover uma limpeza étnica dos palestinianos. O Bispo Sani Ibrahim Azar destacou a tragédia humanitária que se desenrola, referindo-se à “fome em massa” que resulta do bloqueio prolongado, que sufoca o acesso à ajuda humanitária.
Em sua declaração, Azar alerta que apenas uma fração da assistência está chegando, e frequentemente em condições perigosas. Ele ressaltou que uma em cada cinco crianças em Gaza enfrenta desnutrição grave, enquanto relatos de perdas humanas continuam a crescer — já são 113 palestinianos, incluindo 81 crianças, que sucumbiram à fome, com muitos morrendo nos últimos dias.
Os testemunhos do Patriarca Ortodoxo Grego Teófilo III e do Patriarca Latino Cardeal Pierbattista Pizzaballa enfatizam a desumanização da situação, com famílias famintas esperando sob o sol escaldante por “um pedaço de pão”. Azar enfatiza que, mesmo com a ajuda disponível a poucos quilômetros, essa permanece estagnada em armazéns, longe dos que mais precisam.
Ele descreve a crise como uma “fome provocada pelo homem no ponto sem retorno” e convoca governos, líderes religiosos e organismos internacionais a romperem o silêncio e atuarem decisivamente. “O silêncio diante do sofrimento é uma traição da consciência… não podemos ser neutros”, alertou Azar, clamando por ações que garantam a entrega segura de ajuda e um cessar-fogo imediato.
O pronunciamiento termina com uma oração pelos famintos, doentes e deslocados de Gaza, pedindo justiça. “Dai-nos hoje o nosso pão de cada dia… clamamos por um cessar-fogo imediato e um fim a este genocídio, para que a justiça venha à nossa terra.” E você, o que pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!
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