As tarifas recentemente implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causaram uma reviravolta nas exportações de carne bovina do Brasil. O volume exportado, que em abril era de 47,8 mil toneladas, caiu drasticamente, atingindo apenas 9,7 mil toneladas atualmente. Essa queda impressionante de 80% em relação a abril já é um sinal claro do impacto das novas regras comerciais. Além disso, o preço da carne brasileira nos Estados Unidos não ficou imune a essas mudanças, aumentando de US$ 5.200 por tonelada em abril para US$ 5.850 nesta semana, um acréscimo de 12%.
Com uma nova sobretaxa de 50% prestes a entrar em vigor em agosto, frigoríficos do Mato Grosso do Sul já começaram a redirecionar suas remessas para evitar custos adicionais. O governo brasileiro, em colaboração com a indústria da carne, está intensificando esforços para informar os importadores americanos sobre os efeitos adversos dessa tarifa. Dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), compilados pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), revelam que o Brasil, até o início deste ano, era o maior fornecedor de carne bovina para os EUA, com vendas recordes de 181,5 mil toneladas e um faturamento de US$ 1,04 bilhão entre janeiro e junho de 2025.
Tradicionalmente, os Estados Unidos impõem limites à importação de carne, e o Brasil possui uma cota anual de 65 mil toneladas, mas, até agora, vinha exportando quase três vezes esse volume. O vice-presidente Geraldo Alckmin lidera as negociações para mitigar os impactos dessa situação. Com cerca de 70% da carne produzida no Brasil destinada ao consumo interno, o restante, que representa 30%, busca novos mercados, especialmente aqueles que absorvem cortes menos populares.
O panorama atual é desafiador, e as repercussões das tarifas de Trump vão além da cadeia produtiva, atingindo diretamente a economia brasileira. Como você acredita que essa situação irá evoluir? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!
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