O cenário diplomático do Brics se agita com a declaração do Irã, que expressou sua recusa em aceitar a ideia de um Estado de Israel, reiterando seu apoio a um único Estado Palestino. Em uma nota oficial, o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, deixou clara a posição do Irã em relação à declaração final do grupo, que defendia a solução de dois Estados. Araghchi, representando o presidente Masoud Pezeshkian, não pôde comparecer ao encontro no Rio devido ao conflito em curso com Israel, mas trouxe uma mensagem contundente sobre a questão palestina.
Durante um almoço com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o chanceler enfatizou a necessidade de uma abordagem realista à questão, afirmando que a continuação da violência e da instabilidade na região está diretamente ligada à falta de uma solução justa para a Palestina. “Não podemos ignorar que o regime israelense é o principal empecilho para a paz. A situação não muda, e a solução de dois Estados, tão repetida, não se concretiza”, disse Araghchi.
Ele propôs, em contrapartida, que um referendo inclua todos os habitantes originais da Palestina, independentemente de sua religião. Para o Irã, essa seria a única forma de alcançar uma convivência pacífica, semelhante ao que ocorreu com o fim do apartheid na África do Sul. “É fundamental garantir justiça, pois sem isso, os problemas na região permanecerão sem solução”, alertou.
Araghchi também expressou gratidão aos membros do Brics que se posicionaram contra os recentes ataques dos Estados Unidos e de Israel, reconhecendo a responsabilidade do grupo pela paz internacional. O tom da sua mensagem ressoa com a urgência de um diálogo mais profundo sobre as questões geopolíticas que afetam a região, levando a reflexões sobre o futuro das relações no cenário global.
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