Um alto funcionário do Hamas revelou que o grupo perdeu cerca de 80% do controle sobre a Faixa de Gaza após 21 meses de intensos confrontos com as Forças de Defesa de Israel (IDF). Em declarações feitas em mensagens de voz à BBC, o membro fez uma análise sombria da situação, afirmando que a estrutura de segurança do Hamas praticamente deixou de existir. “A maior parte da liderança, cerca de 95%, já morreu. Todas as figuras ativas foram eliminadas”, lamentou.
Esse desmoronamento ocorre em um cenário onde Israel mantém uma posição vantajosa. O oficial questionou a continuidade do conflito diante da inação global e do colapso social em Gaza. A deterioração da situação humanitária é alarmante; as pessoas enfrentam a escassez de recursos, e os salários dos funcionários estão atrasados, se é que são pagos.
Ele também citou a saque de instalações do Hamas, como o complexo de segurança Ansar, evidenciando o caos. “As pessoas saquearam tudo, desde colchões até painéis de zinco,” declarou, alertando que ninguém interveio para evitar essa anarquia.
As declarações coincidem com a avaliação de líderes israelenses que, nos últimos meses, têm afirmado que a estrutura militar do Hamas foi severamente atingida. Em setembro de 2024, Yoav Gallant, então ministro da Defesa de Israel, afirmou que “o Hamas como formação militar não existe mais”, reduzindo a organização a um mero grupo guerrilheiro.
Após um cessar-fogo de 57 dias no início de 2025, o Hamas tentou se reorganizar. Contudo, a recusa em libertar os reféns israelenses levou a uma nova ofensiva israelense em março, que destruiu as últimas capacidades do grupo. Recentemente, um porta-voz militar israelense afirmou que o Hamas está, de fato, prestes a perder completamente o controle sobre Gaza, dificultado ainda mais pela distribuição de alimentos, que prejudica a sua administração.
Uma nova iniciativa, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), foi criada para canalizar ajuda diretamente ao povo, contornando o controle do Hamas. O grupo se opõe a isso, afirmando que a medida enfraquece sua autoridade. De acordo com relatos, combatentes do Hamas teriam atacado centros de distribuição de alimentos, em uma tentativa de sabotar os esforços humanitários e intensificar as críticas internacionais a Israel.
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