Recentemente, o Brasil deu um passo ousado, ingressando em uma ação na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que acusa Israel de genocídio. Essa decisão gerou forte repercussão e provocou a reação imediata do governo israelense, que a classificou como uma “falha moral”. A crítica veio à tona em um comunicado oficial emitido no dia 24 de julho, evidenciando a crescente tensão nas relações entre os dois países.
Desde a posse de Lula, as interações entre Brasil e Israel têm sido conturbadas. Os dois lados têm se atacado verbalmente: Israel aponta uma postura favorável ao Hamas por parte do governo brasileiro, enquanto Lula critica a abordagem de Israel na Faixa de Gaza, onde a crise humanitária se intensifica com mais de 50 mil vidas perdidas. O ponto culminante dessa crise diplomática ocorreu em fevereiro de 2024, quando Lula chamou ações israelenses de reminiscências do Holocausto. Tal afirmação gerou protestos, e ele foi declarado persona non grata em Israel. Em resposta, Lula retirou o embaixador brasileiro de Tel Aviv, intensificando o distanciamento diplomático.
Além disso, a insegurança diplomática persiste. Israel teme ficar sem um embaixador no Brasil, uma vez que a indicação de Gali Dagan para liderar a missão em Brasília ainda não foi aprovada. Nesse cenário, o Ministério das Relações Exteriores israelense reiterou sua indignação, considerando a decisão de se voltar contra o Estado judeu como “vergonhosa”.
“A decisão do Brasil de se juntar à ofensiva jurídica contra Israel na CIJ, ao mesmo tempo que se retira da IHRA [Aliança Internacional de Memória do Holocausto], é uma demonstração de profunda falha moral”, declarou a chancelaria israelense.
A embaixada de Israel no Brasil manifestou seu pesar, acusando o governo brasileiro de usar “palavras duras” que não reflete a realidade em Gaza. Enquanto isso, o Brasil, representado pelo chanceler Mauro Vieira, oficializou sua adesão à ação apresentada pela África do Sul na CIJ, sustentando a existência de evidências de crimes de guerra cometidos por Israel contra os palestinos em Gaza.
A situação continua a evoluir e suscita discussões intensas sobre a política internacional e o papel dos países na defesa dos direitos humanos. Gostaríamos de ouvir sua opinião: o que você pensa sobre essa crescente tensão nas relações Brasil-Israel? Compartilhe nos comentários!
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