O comediante Leo Lins, condenado a oito anos e três meses de prisão por discurso discriminatório, recorreu da decisão da Justiça Federal de São Paulo. Contudo, um aspecto do pedido gera curiosidade: a apelação apresentada pela defesa contém três páginas, mas não traz qualquer argumento contra a condenação, conforme revelado pela coluna de Ancelmo Gois, do jornal ‘O Globo’.
Esse vazio argumentativo fez com que o Ministério Público Federal solicitasse à Justiça que intimasse a defesa de Lins para que apresentasse razões para o recurso. A petição afirma: “Requer o MPF sejam intimados os defensores constituídos do apelante, a fim de que ofereçam as razões à apelação, com posterior prosseguimento do feito”.
Após a condenação, Leo Lins retornou aos palcos, mas com algumas restrições. Sua nova turnê, intitulada ‘Enterrado Vivo’, apresenta regras rigorosas: os celulares do público devem ser lacrados em sacos pretos durante o show. Antes de cada apresentação, um aviso no telão informa sobre a proibição de gravações e transcrições, em conformidade com a legislação de direitos autorais. Segundo Lins, essa medida foi sugerida por seu advogado como uma forma de não agravar sua situação jurídica.
Essas circunstâncias instigam reflexões sobre os limites do humor e a responsabilidade na comédia. Você tem uma opinião sobre o que se pode ou não dizer nos palcos? Compartilhe seus pensamentos!
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