Em um momento crucial de incertezas econômicas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conectou-se por telefone com a presidente do México, Claudia Sheinbaum. Durante a conversa, eles relembraram o encontro na Cúpula do G7, no Canadá, e Lula agradeceu a Sheinbaum pela participação do chanceler mexicano na Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro.
O tema central da conversa girou em torno das recentes tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afetaram diretamente tanto o Brasil quanto o México. Trump anunciou um aumento de 50% na tarifa sobre produtos brasileiros e 30% sobre importações mexicanas, como parte de sua guerra tarifária. Lula e Sheinbaum discutiram como essas medidas podem impactar economicamente os dois países, ressaltando a necessidade de unidade diante dessa adversidade.
Desafiada por Trump, que sugeriu que a taxação decorre da suposta incapacidade do México de controlar a entrada de “cartéis” pela fronteira, Sheinbaum defendeu a atuação do México na fiscalização. Ela deixou claro que os mexicanos não se submeterão à pressão americana.
No intuito de fortalecer as relações comerciais, Lula propôs iniciar negociações para expandir o acordo comercial Brasil-México, visando um aumento no fluxo de comércio entre as nações. Ambos os líderes concordaram em agendar a visita do vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, ao México nos dias 27 e 28 de agosto, acompanhado de uma delegação empresarial e outros ministros.
Além de discutir tarifas, Lula e Sheinbaum identificaram setores estratégicos para cooperar, incluindo indústria farmacêutica, agropecuária, etanol, biodiesel, aeroespacial, inovação e educação. As iniciativas conjuntas podem trazer novos horizontes, ao mesmo tempo em que se enfrentam as pressões externas dos EUA.
A situação é tensa. Trump continua a mencionar o Brasil, associando-o às tarifas elevadas e à necessidade de os países se alinharem mais estreitamente aos EUA para garantir acordos comerciais favoráveis. Recentemente, o Financial Times informou que os EUA e a UE estão próximos de um acordo comercial que poderá suavizar suas tensões, evidenciando o cenário volátil do comércio global.
O futuro das relações comerciais entre Brasil e México pode depender do fortalecimento da cooperação entre os dois países. E você, o que acha sobre essas movimentações? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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