Em um cenário marcado pela tensão comercial, o governo brasileiro enfrentou desafios significativos nos últimos meses. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve 104 dias para regulamentar a lei da reciprocidade, uma medida crucial em resposta à declaração de tarifas do governo dos Estados Unidos.
A crise começou em 16 de maio, quando o Brasil enviou uma proposta ao governo dos EUA para negociar tarifas que, inicialmente, eram de 10%. No entanto, após dois meses sem uma resposta clara, essa alíquota saltou para 50%. Apesar das conversas em nível técnico, os detalhes do que foi discutido permanecem em sigilo, aumentando a perplexidade sobre a eficácia da diplomacia brasileira.
O Congresso nacional agiu rapidamente, aprovando a lei após apenas dois dias de debates. O Senado e a Câmara sinalizaram sua urgência diante das ameaças de Trump, com a votação realizada em abril. Contudo, a regulamentação dessa lei só veio à tona cinco dias após a nova escalada das tarifas.
O governo anunciou que iniciaria consultas com a indústria e setores afetados somente em 15 de julho, após a carta de Trump, que exauriu o tempo com um prazo para consenso até agosto. Essa sequência de eventos fez acentuar a crítica em relação à velocidade e transparência do governo. A boa vontade na legislação não se traduziu em agilidade nas ações, criando um cenário de incertezas.
Como você vê essa situação? Compartilhe suas opiniões e reflexões sobre a atuação do governo e as repercussões dessa legislação nas relações comerciais do Brasil!
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