Durante a 10ª Conferência Anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou uma visão provocativa sobre a economia global. Reunindo líderes do Brics, Lula fez um apelo por um novo modelo econômico que desafiaria as políticas de austeridade fiscal, que, segundo ele, têm ampliado a desigualdade entre ricos e pobres. “A austeridade beneficia os ricos e empobrece os pobres. Precisamos mudar isso”, declarou.
Ele ressaltou a urgência da criação de uma moeda alternativa ao dólar para facilitar transações comerciais internacionais entre os países do bloco, como Rússia e China, que apoiam essa ideia. Porém, a proposta enfrenta resistência de nações como Índia e Emirados Árabes Unidos, destacando os desafios políticos inerentes ao processo. “Se não encontrarmos uma nova fórmula, estaremos fadados a repetir os erros do passado”, advertiu Lula.
Dilma Rousseff, que discursou no evento, também chamou atenção para a crescente fragmentação do cenário global, reforçando a necessidade de cooperação entre as nações. Ela criticou o uso de tarifas e sanções como instrumentos de controle político, ressaltando que a desglobalização resulta em um mundo mais desigual e vulnerável a crises múltiplas, como a climática e a econômica.
Enquanto o discurso de Lula enfatizava alternativas e novas abordagens, ele não deixou de lado a crítica à falta de liderança global em situações complicadas, como o conflito em Gaza. Ele argumentou que a perda de influência de instituições como a ONU evidencia o enfraquecimento do multilateralismo, uma questão que precisa ser urgentemente abordada.
Esse conjunto de declarações ressoa não apenas como um chamado à reflexão sobre a condição atual do comércio internacional, mas como um convite à ação para aqueles que desejam transformar essa realidade. O que você pensa sobre a proposta de Lula para a criação de uma moeda alternativa ao dólar? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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