Durante uma cerimônia em Minas Novas (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou a importância de proteger os minerais estratégicos brasileiros, como o lítio e o nióbio, afirmando que pertencem ao povo do Brasil. Essa declaração vem à tona após os Estados Unidos expressarem seu interesse nos minérios do país, que são vitais para a transição energética e tecnologias avançadas.
“Temos nosso petróleo, nosso ouro e nossos minerais ricos para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro”, enfatizou Lula, enfatizando a soberania nacional.
A manifestação do governo dos EUA, expressa pelo encarregado de negócios da embaixada em Brasília, Gabriel Escobar, ocorreu durante uma reunião com representantes do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Escobar reiterou o interesse em minerais críticos e estratégicos, uma preocupação que já havia sido discutida há três meses, conforme relatado pelo presidente do Ibram, Raul Jungmann.
Este interesse coincide com um momento de tensão comercial entre Brasil e EUA, já que a partir de 1º de agosto, uma tarifa de 50% poderá ser aplicada a produtos brasileiros, uma ação vista pelo governo Lula como uma retaliação política diante da oposição a decisões do Supremo Tribunal Federal em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O potencial estratégico do Brasil é inegável, pois o país possui algumas das maiores reservas de minerais críticos no mundo, como nióbio, lítio e terras raras, essenciais para setores como alta tecnologia e energia renovável. De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, o Brasil é o segundo maior detentor conhecido de terras raras, atrás apenas da China, que já impôs restrições à exportação desses materiais para os EUA.
Em busca de diversificação, Washington tem firmado parcerias com aliados, como Ucrânia e Austrália, visando reduzir a dependência da China em minerais críticos. O recente acordo estratégico entre os EUA e a Ucrânia visa fortalecer a economia ucraniana por meio da exploração conjunta de minerais como lítio e titânio, respondendo a questões geopolíticas e de segurança.
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