Em um cenário alarmante, mais de 40 cristãos foram detidos em diversas cidades do Irã após um recente cessar-fogo com Israel. Essas prisões, conduzidas pelo Ministério da Inteligência iraniana, parecem representar uma fase mais intensa de repressão às minorias religiosas no país.
Embora as autoridades ainda não tenham revelado as acusações específicas, muitos dos presos são alvo de investigações por possuírem Bíblias ou estarem supostamente envolvidos em atividades consideradas “suspensas” pela nova proposta de lei que impõe severas punições a quem colabora com países que o regime considera hostis, como os Estados Unidos e Israel. Tal legislação é frequentemente utilizada para perseguir cristãos que, originários do Islã, são rotulados como “sionistas” ou parte de “seitas desviantes”.
Juristas iranianos já declararam que o cristianismo evangélico ameaça os valores islâmicos, desestrutura a família e se alinha a inimigos ocidentais. Essa visão distorcida tem servido como justificativa para a crescente perseguição de cristãos em solo iraniano. Recentemente, especialistas da ONU destacaram denúncias chocantes em que comunidades cristãs foram classificadas como “traidores”, sendo tratados de forma desumana pela mídia estatal.
Entre os relatos mais angustiante está o de Aida Najaflou, uma mãe cristã de origem muçulmana. Ela está presa, incapaz de pagar a fiança exorbitante estipulada para sua libertação. Em uma gravação tocante, Aida descreveu a terrível transferência de prisioneiras para a penitenciária de Qarchak, onde as condições são extremamente precárias, sem acesso a água potável, alimentação adequada ou instalações de higiene. “Estamos sofrendo, enclausuradas e impotentes”, compartilhou ela.
Suas acusações incluem “propaganda contra a República Islâmica” e “conluio”, simplesmente por orações, batismos e pela postagem de conteúdo cristão nas redes sociais. Detalhes ainda mais perturbadores surgem com a menção à Bíblia, considerada por suas autoridades como um “livro proibido”. Além disso, algumas de suas acusações estão ligadas ao apoio ao movimento “Mulher, Vida, Liberdade” e críticas a figuras políticas.
Apesar da vigilância internacional e do clamor por direitos humanos, o governo iraniano persiste em seu controle brutal, silenciando minorias religiosas e restringindo a liberdade de crença. A atual onda de prisões é um forte indicativo do custo elevado que muitos pagam por sua fé. Como você vê essa situação? Compartilhe suas opiniões nos comentários.
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